Pezoporus wallicus
A vontade de beber água-exemplo fresca
Há algo em mim que conheço.
A estranheza de desconhecer-me através do tempo que conheço de mim.
Os aros brancos de açucar ao sol, a descida rápida duma amêndoa-amarga.
É como um broiler que comeu como eu.
Tudo é qualquer coisa. As coisas todas têm as razões que têm. Já não há linhas puras, se houve. E se há?
A musica plastificada das palavras que não querem dizer coisa alguma. Só sons, grunhidos, guinchos. Só sons como a musica das palavras.
Nem eu sei o que conheço de mim.
Repito-me mim,
até perder eu todo o significado que não sei se tenho.
(Como com uma palavra de significado fácil, que se vai perdendo no espaço-musica do tal exercicio.)
Sinto que não existo.
Sinto-me colocado, a deslocar à superficie do planeta.
Principios indispensáveis para me sentir sem me alcançar.
Ou outra coisa qualquer que não sei que nome lhe dar.
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